Quando falamos em educação antirracista, provocamos uma discussão acirrada e geralmente ampla, é como “mexer em um vespeiro” como diria a minha mãe. É fato que no Brasil ainda precisamos avançar em relação ao nosso comportamento como sociedade, e realmente entender que o racismo não é só um problema do negro, é um problema da sociedade de forma geral, e esta organizado de forma estrutural em diferentes áreas da sociedade. Acredito que é estratégico e fundamental pensarmos que a luta contra o racismo também deve estar presente em diferentes áreas e de diferentes formas, em áreas periféricas ou não periféricas, em escolas privadas e publicas, em espaços culturais, em aldeias e quilombos. Também é necessário que as ações, debates sobre o tema sejam descentralizadas e realmente cheguem às áreas mais afetadas pelo preconceito e as desigualdades sociais como periferias, quilombos, comunidades indígenas entre outras.
É evidente que as áreas políticas e culturais atualmente chamam a atenção, a través de projetos, leis e ações artísticas, mas existem outros projetos que ganham destaques como os projetos educacionais Afroativos e a Escola Afrocentrada Maria Felipa são exemplos de ações efetivas na área da pedagogia decolonial proporcionando um debate amplo no ensino fundamental e principalmente na primeira infância, desconstruindo preconceitos e auxiliando no desenvolvimento da criança. Dentro deste processo outras áreas também se apresentam como ferramenta de luta antirracista é o exemplo do projeto Afrocientista que avança com o debate da presença negra dentro das Universidades, estimulando atividades na iniciação às práticas da ciência.
Acredito que todas as formas de luta antirracista devem ser respeitadas desde de realmente estejam focadas no desenvolvimento de iniciativas e ferramentas que possibilitem a inserção do negro e sua cultura de forma justa e igualitária em todos as áreas da sociedade.
Commentaires